– Após 15 anos, deve ter muitas histórias destas festas para contar...
Luís Ferreira de Almeida – Sim, desde percalços com os artistas convidados à confusão dos primeiros anos, em que toda a gente queria um convite e chegava mesmo a haver penetras... o habitual!
– A sua festa tem um determinado tipo de convidados, a que se pode chamar a ‘nata’ da sociedade...
Isso são vocês que dizem. O que define a nata da sociedade?! Isso é muito complicado... Vão artistas, empresários, gente comum, pessoas que trabalham.
– E como consegue reunir essas pessoas?
Por convites pessoais e pela própria festa em si, que lhes garante alguma privacidade. Julgo que esse foi um dos segredos.
– Há três anos, decidiu mudar um pouco o target dos seus convidados e passou a abranger uma faixa etária mais nova...
Quinze anos depois, os convidados dessa época estão mais velhos, têm menos predisposição para festas e, por isso, com muita calma, fui pegar nos filhos deles, que na altura teriam dez anos, e renovei a geração. Tivemos que encontrar uma evolução na continuidade. Foi arriscado, mas agora já está enraizado e as pessoas continuam a sentir-se bem e em casa.
– Tem contado com o apoio da sua família?
Claro, principalmente dos meus filhos, em especial nesta renovação de geração. Foram fundamentais...
– Há alguma possibilidade de algum dos seus filhos seguir o seu caminho profissional?
Acho que não, pois têm gostos e defini­ções muito próprias.

 Andreia Cardinali / caras, 22 Julho 2012